1) Para a ordem dos farmacêuticos vender medicamentos em grandes superfícies, ainda que não necessitem de prescrição médica, não devia ser permitido. Para esta ordem, a venda dos medicamentos deveria ser sempre acompanhado por um farmacêutico e estes só podem trabalhar numa farmácia porque existem leis e mais não-sei-quê que o exigem.
A ordem dos farmaceuticos também já avisou a dos médicos (que se pronunciou favoravelmente à venda destes medicamentos em grandes superfícies desde que acompanhada por um farmacêutico) para se meter na sua vida e se preocupar apenas com os seus assuntos. Estão as comadres a zangar-se? A argumentação dos farmacêuticos é simplesmente hilariante. Estão nervosos. Bom sinal: provavelmente vamos ter medicamentos mais baratos. Podemos finalmente encarar com mais tranquilidade a velhice!
2) Magistrados do Ministério Público dispostos a analisar redução de férias. Redução para um mês, entenda-se. De facto era só o que faltava. Só um mês de férias, que violência!
Por outro lado, a posição do representante do sindicato dos funcionários judiciais é uma lufada de ar fresco no meio destes corporativistas bafientos: "os tribunais deveriam funcionar o ano inteiro, de Janeiro a Dezembro, como acontece na função pública ou numa empresa".
Estas medidas serão apenas fogachos do novo governo ou é para levar a sério? Vamos ver.
segunda-feira, março 21, 2005
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2 comentários:
de facto, apesar de ainda não ter tido tempo para perceber nem uma medida nem outra como deve ser, ver tanto lobby aos saltos só pode ser um bom indicador!...
mas atenção que a dos magistrados acho que não é bem como a interpretaste: os dois meses não são férias dos magistrados, mas dos tribunais, ou seja, os magistrados têm um mês de férias como toda a gente, e o outro mês é utilizado para trabalhar nos processos, embora sem que haja julgamentos. simultaneamente, o tipo dos funcionários judiciais que tem uma posição aparentemente tão altruísta, defende essa posição com o argumento de que assim já podiam tirar férias quando quisessem e não quando o tribunal fecha... é uma aspiração legítima, de facto, mas a posição altruísta, afinal, é uma posição egoísta...
Bem visto JTF. No entanto creio que os magistrados têm mais férias ao longo do ano (Páscoa, Natal,...)e receio bem que o mês reservado a despachar processos se pareça mais com férias que com trabalho...
Os funcionários judiciais, como bem dizes, não tomam esta posição por altruísmo, mas ela é a posição mais profissional no meu entender: os tribunais deverão estar abertos todo o ano e seus funcionários poderão gozar férias em qualquer altura desde que os serviços sejam garantidos.
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