sexta-feira, março 24, 2006

Sri Lanka - Maldivas: diário de bordo, dia 4

01.02.2006

Deixámos o 'palácio do marajá' e fomos visitar o jardim botânico. Enorme!! Um passeio ao início do dia para relaxar...

Depois visita ao museu das pedras preciosas. Museu segundo o guia, porque na prática era uma loja onde vimos um documentário sobre a extracção de pedras nas minas, alguns artífices a lapidar e onde nos despacharam rapidamente para o piso superior da loja. (Foi o único sítio onde sentimos que nos estavam a impingir qq coisa.)

A caminho de Pinnawela paramos numa fábrica tradicional de chá onde nos são explicado todo os passos desde a colheita à venda. Percebemos as diferenças entre chá verde e chá preto: a única diferença é o processo de fabrico em que o verde é secado e oxidado a baixa temperatura - 4ºC - enquanto o chá preto é secado e oxidado a cerca de 100ºC.
Mostram-nos os diferentes tipos de chá preto, explicam-nos que o pior é o dos saquinhos em pó pois resulta de uma 2ª escolha e 2ª moagem mais forte e que as grandes empresas que comercializam chás como a Tetley ou a Lipton compram estes chás e misturam-nos com outros de pior qualidade, pelo que se quisermos comprar bons chás temos que procurar explicitamente os 'unblended' (não-misturados). Ainda temos direito a uma breve explicação sobre o Silver Tip, supostamente o melhor chá do mundo e sobre a colheita do chá, toda ela manual. E semanal pois a planta do chá produz novas folhas todas as semanas - excelente negócio segundo os nossos anfitriões.
No fim oferecem-nos um chá e convidam-nos a passar pela loja. (Por onde quer que passemos há sempre uma paragem para largar dólares. O Sri Lanka é um país pobre e não nos espanta. Mas tb não nos incomoda porque não são excessivamente insistentes: se quisermos compramos, se não quisermos seguimos. E no caso queríamos comprar chá!).

E agora: o orfanato de eefantes de Pinnawela, um dos pontos mais aguardados da viagem! Talvez por a expectativa ser alta o início foi algo decepcionante.
O trabalho é sem dúvida meritório na recuperação de elefantes: dos 6.000 que existiam os ingleses caçaram 3.000 e hoje existem cerca de 500 domesticados para trabalhar e os restantes em estado selvagem. Como o que se nos atravessou à noite na estrada há uns dias! No orfanato existem cerca de 60 animais de diferentes idades.
Primeiro fomos fotografar a manada que pastava no campo e depois fomos ver num recinto próprio os bebés a serem amamentados a biberão. Espectáculo montado para turista ver... 4 elefantes acorrentados ao chão, já não tão bebés quanto isso a emborcarem os biberões e serem fotografados. E a tentarem libertar-se das correntes uns, e a pedir mais leite os outros.

Só a seguir veio a parte interessante: encaminhámo-nos para o rio. O nosso guia levou-nos até um restaurante sobranceiro ao local onde a manada viria mais tarde banhar-se. Aqui o Nihal deu mostras do que valia como guia e apressou-se a arranjar-nos uma excelente mesa mesmo na 1ª fila para o espectáculo que se seguiria.
Foi um almoço agradável a ver a manada chegar, banhar-se, a a travessar o rio para se rebolar na terra, a refrescar-se...
Talvez para que a manada não tivesse tendência a dispersar, dois machos permaneceram no rio presos a correntes. Enfim, o pormenor menos simpático.

E, quase a terminar a etapa do Sri Lanka, dirigimo-nos a Colombo no meio do trânsito anárquico. Mais uns acidentes pelo caminho e filas de trânsito enormes para entrar em Colombo.
A cidade é o espelho da pobreza do Sri Lanka. De tal forma que já nem saímos do hotel para procurar o forte (português?) que fica ali perto.

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