sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Sri Lanka - Maldivas: diário de bordo, dia 2

30.01.2006

Quase uma hora depois de aterrarmos e do stress da reclamação da mala, partimos em direcção a Polonnaruwa capital medieval do Sri Lanka.

A parte boa da viagem começa agora!!!


O nosso guia, Nihal, é um especialista em Out Run. Aqui conduz-se muito mal, pior que tudo o que já vi. Susto após susto chegamos a um bar-para-turista de modo a tomarmos uma refeição ligeira. A paisagem é belíssima! Tudo muito verde, planícies de arroz, lagos e as montanhas lá ao longe.
Depois do repasto o cansaço foi mais forte. Mas o planeamento do guia é excelente: antes de Polonnaruwa vamos passar no hotel em Habarana para fazermos já check in e dormirmos umas 4 horas muma cama de verdade. Mesmo a calhar!

O hotel, o Lodge de Habarana é extremamente acolhedor, num estilo pró-colonial, com os quartos térreos espalhados pela propriedade que se estende por trás do edifício principal da recepção, restaurante e piscina.

Depois do sono retemperador seguimos em direcção a Polonnaruwa pelas estradas esburacadas infestadas de loucos ao volante de camiões Tata, tuk-tuks, motoretas e afins. Fomos parando para fotografar a bicharada (pássaros e macacos) e os monumentais diques construídos há 1000 anos pelos reis cingaleses. Entre as paragens fomos ouvindo a explicação do guia sobre o budismo: A filosofia (não religião) de vida budista, o desprendimento do que é material, as fases da vida, etc... Pelo caminho dois sinais de cultura cristã com as fuguras de Cristo e de Nossa Sra. à beira da estrada. O Sri Lanka é um país maioritariamente budista.

Em Polonnaruwa visitamos os muitos templos e demais edifícios dos reinados cingaleses dos séculos XI a XIII. As estátuas de Buda (a ensinar, em reflexão, deitado, sentado, ...) belíssimas, as stupas das mais variadas dimensões, a torre dos 7 pisos, as pedras de lua, as influências hindus ou chinesas, etc...
Desclaçamo-nos sempre antes de entrarmos nos templos e aprendemos uma lição: a Buda não se viram as costas! Quando tirávamos uma foto de voltadas para uma estátua de Buda apreceu-nos um guarda aflito a correr e a apitar: No, no, no!... De costas viradas para a estátua, não.

Polonnaruwa foi um dos momentos mais altos da viagem!


No regresso ao hotel, já de noite, os dois carros que seguiam à nossa frente de súbito imobilizam-se (?) ... Acidente, pensei... Era um elefante selvagem!!! Corria pela estrada em direcção aos carros (ai, ai, ai...), passa-nos ao lado e atravessa a estrada. Clico na máquina fotográfica mas esta ficou configurada em modo sem flash!... pena... fico, no entanto, na cabeça com a imagem do bicho enorme a passar a correr ao nosso lado e depois lá atrás a cruzar a estrada com a silhueta desenhada pelo luar. Lindo!...

"Nihal, e a origem dos cingaleses, qual é?..." - É das tribos que há mais de 2.500 anos habitavam a ilha, primos dos hindús segundo uns, dos malaios e javaneses segundo outros. Um príncipe hindú chegou há muitos anos a esta ilha e apaixonou-se por uma bela moça daqui. Esta tecia. Sabes o que significa tecer? Era sinal de uma cultura mais avançada... Assim reza a História por aqui.

Durante o dia chamou-nos a atenção a enorme quantidade de crianças, todas nos seus uniformes iguais a caminho das escolas.

De noite fazemos umas compras na loja do hotel. Batiks e umas roupas que fazem falta (ou não...) enquanto não chega a mala.

Um jantar à beira da piscina, uma cigarrilha e um cocktail de Arrack, a bebida local... E a sensação de leveza (não por me faltar uma mala!) por estar num país belíssimo de pessoas muito simpáticas. Ou era do Arrack?... :) Não, não era.

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