Houve emoção na revelação das primeiras projecções. As sondagens deixavam em aberto os vencedores das eleições nas maiores câmaras do país. E mesmo com o desenrolar da noite, os resultados de Leiria, Faro ou Santarém foram disputados quase até ao último voto.
Contados os votos, o grande derrotado foi o PS. Creio que o eleitorado castigou mais o partido no que ele tem de pior do que as medidas duras do governo. O PS de Sócrates tem mostrado duas facetas bem diferentes: Uma corajosa na aplicação de medidas duras, necessárias ao saneamento das finanças públicas, outra de cedência aos lobbies do partido, optando por colocar em todos os cargos do estado a que consegue chegar, personalidades que se destacam pela sua filiação partidária e não pela competência.
Uma nota positiva para a forma quase unânime com que o embuste de Felgueiras foi condenado.
E outra para o discurso de Fernando Assis, dando uma lição de democracia a todos: felicitando os vencedores e prometendo mãos à obra na oposição, porque uma boa oposição é fundamental para obrigar a uma boa governação.
Uma muito negativa para o choque tecnológico. Andamos nós a ansiar por meios electrónicas que tornem mais confortável o acto de votar e nem para a divulgação dos resultados os SI do MAI se aguentaram...
E outra para todos os candidatos a presidente de câmara que, tendo perdido as respectivas eleições, não vão assumir os lugares de vereadores.
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