quarta-feira, dezembro 29, 2004

Sismos e Tsunamis

O que causa um sismo? E um Tsunami?...

Depois do sismo violentíssimo ocorido agora no sudeste asiático muitas questões se levantaram, logo seguidas por outras tantas teorias e explicações.

Andei a dar uma vista de olhos na Net e descubri alguns sites interessantes.

Na revista Newsweek temos uma impressionante reportagem fotográfica sobre este sismo. Na revista National Geographic um tutorial sobre fenómenos naturais como tornados, vulcões, furacões e sismos.

No site da USGS (United States Geographic Survey) encontrei uma edição online do livro 'This Dynamic Earth: the Story of Plate Tectonics'. Aqui começa a explicação de tudo: o centro da Terra constituído por uma massa quente move-se lentamente forçando a deslocação das placas sólidas que sobre ela assentam, as placas tectónicas. É na junção das placas que a actividade sísmica é maior, uma vez que quando uma das placas se move em relação à outra, geram-se colisões ou disrupções entre as massas sólidas que, desta forma, libertam uma energia brutal e provocam os abanões à superfície. Quando tudo isto se passa no mar, pode como consequência gerar-se um movimento de massa de água que resulta num Tsunami. Mas a este já lá vamos.



Ainda relativamente aos sismos, aqui em Portugal a maior falha tectónica que temos passa ao sul do Algarve e resulta da junção das placas africana e euro-asiática. Não é por isso de admirar que a maioria dos sismos que aqui sentimos tenham o seu epicentro sistematicamente a sudoeste do cabo de São Vicente. Foi assim no sismo que sentimos há alguns dias (5,2 graus na escala de Richter) bem como no de 1755 (estimado em 8,2 graus Richter).



Havendo a necessidade de libertar a energia no interior da Terra, o ideal mesmo é que se vão dando muitos sismos de pequena intensidade, de modo a que esta se vá libertando gradualmente sem causar estragos. E pouco mais podemos fazer além de fomentar a construção sísmica e saber como reagir quando se dá um sismo, isto porque hoje ainda é impossível prever terramotos. Quando a terra abanar não nos resta muito mais que proteger-nos de objectos que nos possam cair em cima. No interior de edifícios o melhor é abrigarmo-nos debaixo de uma secretária sólida ou debaixo de um vão de uma porta e nunca utilizar elevadores até a crise sísmica passar.

Com os Tsunamis a prevenção pode ser feita (e é feita nos EUA e no Japão) já que estes resultam de um sismo. Detectado um sismo, pode-se prever a que horas um potencial Tsunami atingirá a costa de um país em função da sua distância ao epicentro. Dá para avisar com antecedênia as populações e evitar catástrofes humanas. No Pacífico existe para este efeito uma rede extensa de sismógrafos e medidores de maré ligados a um centro de prevenção no Hawai.



O perigo do Tsunami é que não se vê facilmente em alto mar. Quanto maior a profundidade, menor a sua altura e maior a velocidade a que se desloca (podendo chegar à velocidade de um avião comercial). À medida que se aproxima da costa começa a ganhar altura e a perder velocidade, a energia cinética transforma-se em energia potencial e a massa de água que atinge a costa pode ser de tal dimensão que varre tudo à sua frente. O site da NOAA (National Oceanic & Amospheric Administration) explica tudo sobre os Tsunamis. Em caso de perigo de tsunami a regra de segurança é:



Outra teoria interessante que ouvi foi a seguinte: com o aquecimento global e o derreter da massa de gelo nos pólos, o peso que assenta nas placas distribui-se de forma diferente e estas vão-se ajustando, movendo-se e logo originando sismos. Outro factor humano que provocará estes desequilíbrios será a extracção de petróleo que cria bolsas sob as placas que originam também movimentos de ajuste nestas.

E os vulcões? A merecerem outro post, certamente... :o)

1 comentário:

Anónimo disse...

serviu de muito para a nossa pesquisa.
acho que devem meter mais informaçoes na net.